Madeireiras são alvo de ação contra extração ilegal de madeira de reserva indígena de RO


Trabalhos de fiscalização, que fazem parte da Operação Verde Brasil 2, ocorreram na Ponta do Abunã na manhã desta quarta-feira (27). Mais de 5 mil homens de órgãos responsáveis fizeram parte da ação. Madeireiras são alvo da Operação Verde Brasil 2 nesta quarta-feira (27). Divulgação/Exército Brasileiro Duas madeiras do distrito de Extrema e mais três de Nova Califórnia foram alvos de uma ação conjunta para frear crimes de extração ilegal de madeira e desmatamento na manhã desta quarta-feira (27). Segundo o Exército Brasileiro (EB), há indícios de irregularidades. Ninguém foi preso. Os trabalhos fazem parte de mais uma etapa da Operação Verde Brasil 2 e contou com auxílio de 5 mil homens do Exército, Polícia Federal (PF), Ibama, Sedam, Batalhão Ambiental, entre outros órgãos parceiros. As áreas onde ocorreram a fiscalização ficam na região da Ponta do Abunã, perto da divisa entre Rondônia e Acre, um dos locais do estado que apresenta elevado índice de alertas de desmatamento. Essa foi mais uma fase da Operação Verde Brasil 2, que combate crimes ambientais. Divulgação/Exército Brasileiro Conforme os órgãos, parte das toras encontradas nas madeireiras teria saído da terra indígena Kaxarari, que fica a cerca de 30 quilômetros do distrito de Extrema. Pelo menos por mais de uma semana, as equipes de fiscalização ambiental vão fazer o levantamento de pátio nessas madeireiras. De acordo com o Exército, até o momento, a Operação Verde Brasil 2 confiscou 4.286,778 m³ de madeira em Rondônia, Acre e Sul do Amazonas. Somadas, as multas aplicadas passam de R$ 11 milhões. No total, 17 motosseras e 16 armas de fogo foram apreendidas. Operação Verde Brasil 2 No dia 7 de maio, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para combater focos de incêndio e desmatamento ilegal na chamada Amazônia Legal, que engloba além de Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. A Operação Verde Brasil 2 ocorre de 10 de maio a 11 de junho com possibilidade de prorrogação. O objetivo é manter uma média de queimadas com redução. Exército e Polícia Federal atuam em reserva de Rondônia para combater desmatamento. Divulgação/Exército Brasileiro A determinação se aplica à faixa de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas federais nos estados, mas a atuação das tropas também poderá se estender a áreas estaduais se houver pedido dos governos. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicado no Diário Oficial da União. As missões de GLO são realizadas exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, e ocorrem quando "há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem", segundo o Ministério da Defesa. Desmatamento em ascenção Dados do Mapbiomas e analisados pelo G1 apontam que Rondônia perdeu o equivalente a 70 mil km² de floresta entre 1990 e 2017. Há 30 anos, a formação florestal no estado era de pouco mais de 20 milhões de hectares. Já a de abertura de pastagem era de quase 2,7 milhões de hectares na época. Mas a formação florestal declinou para cerca de 14 milhões de hectares em 2017, enquanto o quantitativo de pasto subiu para quase nove milhões, um crescimento de mais de 200% em 27 anos. Imagens que revelaram o desmatamento PMA/Divulgação Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que os alertas de desmatamento na Amazônia cresceram 29,9% em março deste ano quando comparados a março de 2019. Neste ano, foram emitidos alertas para 326,51 km², enquanto no ano anterior, no mesmo período, foram 251,3 km². As queimadas também aumentaram: dados do Inpe apontaram, em janeiro, que o número de focos de queimadas na Amazônia foi 30% maior em 2019 que em 2018. Ao todo, o bioma da Amazônia registrou 89.176 focos de queimadas em 2019, comparados a 68.345 no ano anterior.

Notícia publicada em: G1.globo.com

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