Médicos voluntários percorrem rios de RO para atenderem indígenas e ribeirinhos durante a pandemia


Voluntários devem realizar ao menos 5 mil procedimentos, incluindo o teste rápido do novo coronavírus. Trabalho conta com 15 médicos. Expedição de médicos na Amazônia Um grupo de 15 médicos está percorrendo os rios Mamoré e Guaporé, na fronteira com a Bolívia, para levar atendimento a indígenas e ribeirinhos de comunidades isoladas. Esta é a primeira viagem dos voluntários desde que a pandemia da Covid-19 começou. A embarcação que os médicos estão viajando é do governo do estado. Na viagem também estão farmacêuticos e biomédicos que fazem parte da ONG Doutores Amazônia. Barco percorre rios Mamoré e Guaporé levando atendimento médico em Rondônia Rede Globo/Reprodução Todos os voluntários do projeto deixaram seus consultórios e hospitais no sudeste para atenderem de graça, com especialidades médicas, os moradores de comunidades indígenas e ribeirinhas do interior de Rondônia. A missão da ONG Doutores Amazônia começou dia 20 e vai até o próximo sábado (31). Cerca de 2 mil pessoas devem ser atendidas pelos médicos, que devem realizar ao menos 5 mil procedimentos (incluindo o teste rápido do novo coronavírus). Neste ano, em função da pandemia, as ações mudaram o foco para um serviço mais direcionado à saúde dos moradores que vivem há horas ou dias de distância da cidade. Os médicos levaram equipamentos portáteis e montaram consultórios clínicos e odontológicos no barco. Um dos profissionais que está na viagem pela Amazônia é o biomédico Igor Carvalho Monteiro, do Espirito Santo. Ele conheceu o trabalho da ONG pela internet e decidiu se inscrever. "O objetivo é poder estar contribuindo no meio da floresta amazônica, contato direto com a natureza, uma energia incrível. É gratificante e satisfatório", contou à reportagem. Início do trabalho Os atendimentos começam na aldeia em Guajará-Mirim. Logo que o barco ancora, as equipes descem para primeiro fazer uma triagem nos moradores. Os médicos então indicam qual exame ou consulta cada indígena necessita. Moradora de comunidade indígena recebe atendimento da ONG Doutores Amazônia Rede Globo/Reprodução Debaixo de uma árvore eles montam uma estrutura para fazer a testagem rápida para Covid-19, e ainda testes para HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Nos sessenta primeiros testes, cinco deram positivos pra Covid-19. Os pacientes então recebem atendimento e orientação. Enquanto isso, a escolinha de madeira vira consultório para pediatria e para a médica da família. Já no barco hospital ficam outros atendimentos mais específicos, para evitar aglomerações. No consultório oftalmológico, quem tem problema de visão já sai com o óculos. Uma ONG alemã doou 2 mil óculos para a missão deste ano. Uma das pacientes que recebeu um óculos novo foi Rosidente Onorão. "Agora estou enxergando bem as letras, de perto. Antes eu tinha dificuldade de ler. Fiquei muito feliz com o óculos novo", afirma. Atendimentos em comunidades de RO pela ONG Doutores Amazônia Rede Globo/Reprodução A equipe do barco tem apoio dos servidores do Departamento Indígena de Porto Velho, que lidam diretamente com os povos no estado. Caio Machado, idealizador do projeto, veio pela primeira vez a Rondônia quando era estudante de odontologia, em 2014. Ele criou a ONG e hoje já tem mais de 300 voluntários prontos pra ajudar. "Acho que é o nosso papel como profissionais da saúde: desenvolver saúde", afirma Caio. Veja mais notícias de Rondônia

Notícia publicada em: G1.globo.com

Postagens mais visitadas deste blog

Crocodilos migraram da África para as Américas milhões de anos atrás, aponta estudo

Governo libera o registro de 38 agrotóxicos genéricos para uso dos agricultores

O que é o 'ciclone bomba' que está causando estragos no Sul do Brasil